segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Até quando vale a pena se endividar?

Bom, primeiramente, vamos definir o que é uma dívida, ou melhor, vamos relembrar o que ela representa
Ao assumir um carnê, prestação, empréstimo, pedir dinheiro emprestado, crédito consignado, entrar no cheque especial, rotativo do cartão de crédito, entre outros, tenha em mente que você está fazendo uma dívida! Isto é, além das suas despesas normais do mês como água, luz, telefone, supermercado, aluguel, você está com mais uma parte do seu salário comprometida. A grande pergunta é: será que o seu salário vai dar conta de tudo isso?


Hoje o crediário veio ajudar os brasileiros a adquirir seus "sonhos". Desde uma bolsa até uma casa própria, existe a famosa palavra "parcela" nas vitrines e nos folhetos distribuídos nas ruas, geralmente acompanhados da famosa frase "essa parcela cabe no seu bolso"! As regras que devemos sempre ter em mente antes de fazer uma dívida, antes de assumir um compromisso é:

1) "Será que eu estarei vivo para poder pagar todas essas parcelas"?
2) "Será que eu estarei empregado para poder pagar todas essas parcelas"?
3) "Será que pode acontecer algum imprevisto na minha vida como uma doença, uma reforma de emergência, um conserto no meu carro, enfim, algum gasto extra inesperado que possa comprometer meus compromissos com as parcelas"?


Vamos dividir o risco do endividamento em tipos de produtos:


1) Roupas, tênis de marca, sapatos, aparelhos celulares, acessórios como bolsas, etc. Geralmente são produtos que chegam ter até 10, 12 parcelas em média, fixas. A melhor dica aqui é nunca olhar o preço da parcela, e sim o preço total do produto. A parcela engana muito, principalmente com o impulso de querer levar aquele artigo que está na vitrine na hora. Muitas pessoas compram esses produtos mais para mostrar pros outros do que agradar a si mesmas. Será que você já pesquisou o suficiente? E que tal dar uma volta e arejar a cabeça antes de realizar a compra? Esse produto faz tanta falta assim na sua vida?
Por enquanto aqui vale apenas a regra número 2.


2) Geladeiras, fogões, televisão de LCD, computador novo, eletrodomésticos em geral. Aqui as parcelas começam a ficar um pouco mais pesadas. Muitas lojas passam a propaganda desses produtos dizendo "até em 24 vezes sem juros" e um monte de letreiros no rodapé da televisão, dizendo as verdadeiras regras da "promoção". Não sei como isso não foi proibido até hoje. Aqui vale e muito a pesquisa, negociar, saber quais as características do produto, se não vale a pena economizar uns 3, 4 meses e dar uma boa entrada e pagar menos parcelas ou parcelas menores. Lembre-se sempre de um ditado: "Não existe almoço de graça", e "nunca existe produto sem juros". Com certeza eles estão embutidos dentro das parcelas fixas. Procure sempre levar uma calculadora e não tenha a vergonha de usá-la na frente do vendedor. Vergonha é ser enrolado por eles.

Aqui diria que valem as regras 2 e 3. Lembre-se que em caso de não pagamento das parcelas seu nome pode ficar sujo na praça e muitas empresas usam esse critério na hora da contratação de novos funcionários. Cuidado!


3) Cursos de capacitação (inglês, informática, estética, entre outros) e ingressar em uma academia, tratamento dentário. Diria que isso não é contrair uma dívida, mas sim fazer um investimento. Seja na cultura, seja na saúde, você está investindo no seu futuro, em ter saúde. Essas são as melhores dívidas que podemos contrair.


4) Comprar um carro. Aqui começa a ficar muito perigoso, ainda mais se você estiver com dívidas nos casos 1 e 2. Antes de comprar um carro você deve olhar muitos fatores, como seguro do veículo, depreciação, valor total das parcelas, manutenção, impostos, combustível e não tem conversa: quando maior o número de parcelas, mais juros você vai pagar e mais caro a compra vai sair pelo fator depreciação do veículo, ainda mais de for zero quilômetro. Procure começar com um carro usado, pagando poucas parcelas, e que tal fazer um consórcio programado para a compra do próximo? Carro é para sua locomoção e não para desfilar pelo bairro.
Aqui eu diria que valem as regras 2 e 3 e até um pouco da 1, se você pretende comprar o carro em 80 meses, como algumas montadoras estão oferecendo. Lembre-se que em caso de não pagamento das parcelas seu nome pode ficar sujo na praça, as empresas usam esse critério na hora da contratação de novos funcionários e seu bem pode ser confiscado!


5) Comprar uma casa própria. Aqui eu diria que nunca um sonho esteve tão perto de um pesadelo. O sonho de todos de ter o seu espaço vem desde os tempos remotos. Dizem que a necessidade básica do ser humano é "ter o que comer" e "ter onde dormir". E as regras do carro também servem para a casa própria. Depreciação, reforma, mobília, armários, quanto maior o tempo das parcelas, maiores são os juros (aqui não tem como ter parcelas fixas), taxas, impostos, condomínio. Será que você vai querer morar no mesmo imóvel nos próximos 30 anos?

Aqui a regra 1 faz mais sentido ainda. Não temos controle da situação, do nosso futuro. Podem acontecer coisas boas e ruins. Depende do nosso preparo financeiro, da nossa saúde, do nosso conhecimento para prosperar, para crescer, saber a hora de parar de gastar, de ter nossas finanças em ordem e uma reserva financeira para os momentos difíceis.


Quanto maior o comprometimento com uma dívida, maior deverá ser o nosso planejamento! Pense nisso!



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