quinta-feira, 1 de setembro de 2011

DFC - Demonstração De Fluxo De Caixa

A DFC passou ser uma obrigação, para as sociedades por ações ou empresas que possuam patrimônio líquido superior a 2.000.000,00 (dois milhões de reais), sendo exigido a partir de 01/01/2008, através da lei nº 11638/07.
E em dezembro de 2009, o Conselho Federal de Contabilidade aprova a NBC TG 1000, através da Resolução 1255/09, que trata sobre as Normas Internacionais de Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, incluindo a demonstração de fluxo de caixa, também para este tipo de empresa.
Muito se discute a respeito da obrigatoriedade da adesão das pequenas e médias empresas às normas internacionais de contabilidade, pois não há lei que as obrigue a adotarem tais normas, entretanto, há CPCs que foram transformados em normas brasileiras de contabilidade pelo Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução 1255/09, as quais os profissionais contabilistas são obrigados a cumprir. Tudo isso vêm levando a um consenso que tende para a implementação das normas, pois, se já temos normatização para aplicação das mesmas.
Além disso, a DFC pode ser utilizada como importante instrumento gerencial, servindo de subsídio na tomada de decisão, em níveis táticos ou estratégicos nas empresas.
Por isso o objetivo deste artigo é abordar o assunto tanto do ponto de vista contábil, como gerencial, visando agregar conhecimento na ferramenta.
O presente artigo caracteriza-se como uma pesquisa exploratória descritiva, e pretende através de uma revisão bibliográfica, analisar a aplicabilidade da DFC, proporcionando uma visão geral sobre o assunto.



O QUE É FLUXO DE CAIXA
Na visão de Sá (2009), o fluxo de caixa é um método que relaciona os valores que interfiram no saldo de caixa, apresentando-os através de relatórios bem estruturados para análise e compreensão. Sendo que, caixa refere-se ao capital disponível, que possa ser convertido em moeda prontamente.
Para Silva (2010), “é o principal instrumento da gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos...”.
Verificamos que há fluxo de caixa pelo método direto e pelo método indireto. Silva (2010) descreve o método direto como regime de caixa, onde são registrados todos os recebimentos e pagamentos. Enquanto Sá (2009) descreve que o método indireto tem por base as demonstrações contábeis e variações das contas contábeis.

FLUXO DE CAIXA PELO MÉTODO INDIRETO
A DFC pelo método indireto é demonstrada a partir de informações extraídas das demonstrações contábeis e variação de outras contas. Iniciando-se pelo saldo inicial do caixa, e em seguida utilizando de base o lucro líquido do exercício, para cálculo da geração interna de Caixa.
Considerando algumas informações fictícias adicionais, elaboraremos uma DFC pelo método indireto: a provisão de férias e 13º no período foi de $1500; os juros provisionados sobre operações financeiras foram de $2000; houve lucro de equivalência patrimonial de $2000; e houve pagamento de $3000 de juros no período.
Segundo Sá (2009), para elaboração do método indireto devemos primeiramente calcular a variação das contas contábeis de um ano para outro.

FLUXO DE CAIXA COMO INSTRUMENTO TÁTICO E ESTRATÉGICO


Segundo Frezatti (2009), é habitual no meio empresarial, numa situação de crise, onde há baixa liquidez em uma empresa, ser dada prioridade ao caixa. Por isso é importante dedicação no acompanhamento do fluxo de caixa sempre, estando bem ou mal financeiramente à empresa e não esperar o pior acontecer.
O fluxo de caixa poderá servir como um instrumento tático, com utilidade mais restrita, servindo para acompanhamento, definição de prazos para vendas, negociação de prazos para pagamento de dívidas, reduzir pedidos de compras, etc. Ou também, poderá servir como instrumento estratégico, que afeta os negócios da empresa, tanto no curto quanto no longo prazo, como por exemplo, projetos de investimento da empresa.
Ao terminar este artigo, fica visível as diversas possibilidades e utilidades que um fluxo de caixa pode ter no meio empresarial, seja como fonte de informações para planejamento de curto, médio e longo prazo, como instrumento tático ou estratégico e até mesmo para cumprir uma obrigação legal.
E é neste contexto que destacamos a DFC, como uma forte ferramenta, que pode proporcionar segurança e estabilidade às empresas, pelo seu poder informacional, propiciando capacidade para o cumprimento de obrigações, administrando e controlando os ingressos e desembolsos financeiros.




Artigo DFC - Demonstração De Fluxo De Caixa
Geraldo Da Silva Vieira

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